a primeira a aparecer de tardinha, no céu, antes que o sol se
escondesse. E toda vez que o sol se punha ela chorava lágrimas de chuva.
A lua falava com a estrelinha que assim não podia ser, que estrela nasceu
para brilhar de noite, para acompanhar a lua pelo céu, e que não tinha
sentido este amor tão desmedido! Mas a estrelinha amava cada raio do
sol como se fosse a única luz da sua vida, esquecia até a sua própria
luzinha.
Um dia ela foi falar com o rei dos ventos para pedir a
sua ajuda, pois queria ficar olhando o sol, sentindo o seu calor,
eternamente, por todos os séculos. O rei do vento, cheio de brisas,
disse à estrelinha que o seu sonho era impossível, a não ser que ela
abandonasse o céu e fosse morar na Terra, deixando de ser estrela.
A estrelinha não pensou duas vezes: virou estrela cadente e caiu na
terra, em forma de uma semente. O rei dos ventos plantou esta
sementinha com todo o carinho, numa terra bem macia. E regou com as
mais lindas chuvas da sua vida.
A sementinha virou planta.
Cresceu sempre procurando ficar perto do sol. As suas pétalas foram se
abrindo, girando devagarinho, seguindo o giro do sol no céu. E, assim,
ficaram pintadas de dourado, da cor do sol.
É por isso que os girassóis até hoje explodem o seu amor em lindas pétalas amarelas,
inventando verdadeiras estrelas de flores aqui na Terra.
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